sábado, 29 de outubro de 2011

Querer.

Eu tentei me anestesiar, mas eu lembro de tudo.
Ah minha criança, eu lembro de tudo, tudo velho
Em mim, tanta impureza, tua cabeça é doente demais
Logo tudo corre com o cheiro ideal, a carne é forte
Parece dia, mas é apenas o inferno flutuando com uma tocha branca
Tão breve doerá mais, e eu não estou anestesiado
Ah meu amigo, quando vi, me abandonaram todos
Não me parece mais feliz como no tempo da chuva
Onde esta meu cadáver alegre e sua rosa de cobalto?
Humano são, é tanta dor que amaria-te mesmo que vivesse
As ultimas palavras minhas serão as primeiras da noite
Cada dia como se fosse a ultima dor, um atrás do outro
Caindo imóvel chorando a perda da escada da morte
A minha felicidade postiça, sem sangue nos sonhos
Lobos na porta de véu, ébrios silenciosos bruxuleiam
Nosso abraço sombrio, a chuva não sonha mais
Bom veneno é a inteligência, a percepção e a sensibilidade
Mas eu tentei me anestesiar, eu lembro de tudo, eu lembro de tudo!

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