Período 6 - 6/6
O que deve ser declarado ao silencio? Ao silencio que tudo ouve... talvez a ganância pela posse de tudo seja o único defeito!!! A tendência humana de calar-se e definhar se lentamente através dos milênios é o que me da esperanças, ate que a calmaria reine novamente nesse mundo.
Quantas paginas a mais estas letras terão que percorrer deixando um rastro cadenciado de tinta para uma geração estragada? Antes do que esperamos, desejamos controlar os objetos, as pessoas e tudo mais o que não estiver ao nosso alcance. Não nos interessa aquilo que podemos ter, e sim aquilo que vemos, porem, não temos as rédeas. Estamos prestas a marcar com urina nosso território também? Mostraremos os dentes uns aos outros?
Singelamente aprecio de olhos baixos o desgoverno de sentimentos e insanidade fingida, transposta em formas de apelo pela posse causada pelo ciúme ou ganância. Quem tudo quer, nada tem? Quem nada quer, ou é um medíocre consolado em suas migalhas ou um despretensioso que anseia pelo trono. O que a palavra “tudo” pode significar? Pode-se querer ser “Deus”, mas isso obrigatoriamente nos leva a crer que se queira “Tudo”? Aparentemente sim, mas se quisermos ser um “Deus” fora dos moldes dogmáticos... Podemos nos tornar Deuses de nós mesmos. Isso pode representar tudo se levarmos em consideração que estaremos quebrando as barreiras estéticas, sociais, econômicas e morais, nos livrando do monstro frio chamado por Nietzsche de Estado.
Seriamos considerados loucos, excluídos da sociedade e passaríamos a ser regidos por um novo regime. O regime próprio, limitado ilimitadamente por nos, porem controlados por aqueles que não atingiram o mesmo padrão de liberdade.
A liberdade é a grande indecisão de posse. Não haveria sentido em tudo controlar se não houvesse o acaso. Por isso acredito que a posse deva se esvair por si só. Ficaríamos cansados de incentivar relações humanas. De que forma isso seria feito? Pura analise combinatória! Quando estivessem esgotadas as relações, não mais poderíamos vê-las acontecer ao acaso. Teria mos viciado o ciclo natural de evolução e assim, para os que acreditam em “Deus” (também para os que acreditam no Estado) eu lhes mostro, haveria apenas um grande cativeiro, onde o ser detentor da posse suprema sobre todos os seres, não mais nos deixaria viver por conta própria.
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Volenti nihil difficile.